Transzine-se: laboratório de fanzines

LABORATÓRIO

A primeira edição aconteceu online, de 23 de agosto de 2021 a 08 de setembro de 2021, com Diana Salu, Xuli Ribs, Yná Kabe Rodríguez, Kika Sena, Feio Franq e Pietra Sousa. Todos os encontros contaram com interpretação de libras por Iury Ferraz. 

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EQUIPE

FOTOS

MÓDULO 1

Pequenos (e livres!) aglomerados de papel

Diana Salu e Xuli Ribs

Introdução ao universo das zines como ferramenta para expressão individual, construção de redes de trocas e comunicação alternativa. Durante este encontro veremos diferentes formatos e tipos de fanzines, entendendo na prática os princípios básicos de criação e reprodução de zines de folha A4 simples. Os exercícios de criação irão explorar a percepção do próprio corpo e a observação dos arredores como pontos de partida para a escrita e desenho livres, onde  mapearemos sensações, vontades  e princípios que guiarão a caminhada de cada participante durante o curso como um todo – servindo também de princípios-guia para a publicação que irão desenvolver ao longo dos encontros.

Transzine-se: laboratório de fanzines
Transzine-se: laboratório de fanzines

MÓDULO 2

Estratégias de reprodução, circulação/conceitualização do objeto zine

Yná Kabe Rodríguez

A partir de práticas de catalogação, mapeamento e investigação de poéticas, iremos experimentar conceitos expandidos de  xerox, cópia, impressão e outras formas de reprodução. Junto com os processos de conceitualização da materialidade de zine, iremos analisar e propor processos conceituais/poéticos voltados nas práticas de produção zineira/artistica de cada participante.

MÓDULO 3

O outro e eu na criação de histórias

Kika Sena

A oficina pretende, através da imaginação e do trabalho em grupo, acionar a criatividade presente em nós para a escrita de textos autorais.

Transzine-se: laboratório de fanzines
Transzine-se: laboratório de fanzines

MÓDULO 4

Atmosfera

Feio Franq

Envolvidos por uma camada de gases segura pela gravidade, vivemos num ambiente natural que inclui tudo o que nos é essencial. A vida em nossa mente, no entanto, não parece tão organizada; ideias gasosas nos sufocam em meio à demandas, referências e ansiedades fazendo nosso centro gravitacional parecer funcionar apenas como morada das borboletas no estômago. Em atmosfera viveremos um conjunto de dinâmicas a fim de registrar, compreender e acessar novos lugares (ou novos caminhos entre lugares antigos) de criação.

MÓDULO 5

Nos encantamos pela Boca

Pietra Sousa

Se entre a oralidade e a escrita estamos, podemos então reinventar mundos ou até construí-los do zero. A oficina é pensada para edificar os diversos mundos dos sonhos em palavras.


‘É importante, pois, ressaltar a etimologia do termo da autora, a “oralitura” conserva em si seu valor de “letra”, literatura. Portanto, é entendida como “rasura da linguagem, alteração significante, constitutiva da alteridade dos sujeitos, das culturas e de suas representações simbólicas.’ (MARTINS, 2001, p. 83).

Transzine-se: laboratório de fanzines
Transzine-se: laboratório de fanzines

MÓDULO 6

Quando a gente olha pra trás e reúne o caminhar

Diana Salu e Xuli Ribs

Encerrando o curso, a oficina irá focar nas escolhas de projeto gráfico das publicações de cada participante. A partir de uma curadoria do que foi desenvolvido nas outras oficinas e dos princípios e sensações-guia, cada participante irá trabalhar em fechar a sua publicação final, pensando as escolhas de materiais, formatos, elementos visuais, textuais bem como a coesão, a narrativa e o corpo da zine como um todo. Em um ambiente de troca, iremos conversar sobre os resultados e o processo geral, observando o que mudou, o que se manteve  e quais foram as escolhas tomadas no percurso desde os princípios e vontades escritos por cada participante no primeiro módulo até a publicação final. Terminaremos com uma apresentação de diferentes ferramentas para criação de arquivos pdf para impressão e leitura online e com uma avaliação coletiva do curso.

Transzine-se: laboratório de fanzines
Transzine-se: laboratório de fanzines

OFICINEIRES

1a EDIÇÃO

Transzine-se: laboratório de fanzines

DIANA SALU

Diana Salu, 30. De Brasília. Artista, poeta, designer, publicadora. Uma das fundadoras da MÊS Editora, em ação de 2013-2017 com cerca de 50 publicações dentre zines, livros e revistas. Idealizadora da Dente – feira de publicações, onde trabalhou até a 5ª edição. Autora do livro Cartas Para Ninguém (2019-2021, padê editorial), onde explora o hibridismo de linguagens e gêneros, com olhar para a poesia, o desenho, a paisagem e a memória e da hq “Então Você Quer Escrever Personagens Trans?”. Idealizadora e coordenadora do “Transzine-se: Laboratório de fanzines.”

FEIO FRANQ

Artista multimídia que vagueia entre os estados da matéria e do país. Homem trans experimenta os mais variados meios de comunicação, trabalha a proposta de atuação sobre o corpo vivo, apresentando-se como ser multiforme que desbloqueia e materializa sentimentos. Há dois anos vem oficinando maneiras de destravar emoções e de fluir na criação a partir de um lugar de não julgamento, abarcando o lado “feio” de cada ser.

KIKA SENA

Kika Sena é arte-educadora, diretora teatral, atriz, poeta e performer residente em Rio Branco, Acre. Licenciada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília. Desde 2015 desenvolve pesquisas relacionadas à área de voz e palavra em performance com cunho político referente ao corpo da mulher trans e travesti na cena teatral e social. Em 2017 lançou o livro Periférica, pela Padê Editorial, antecedido por Marítima, 2016, publicação independente. Sua publicação mais recente, também de forma independente, é a zine Subterrânea, de 2019. Também em 2019 dirigiu o Espetáculo Transmitologia (DF). Já em 2020, dirigiu o espetáculo “DesQuite”(AC).

Yná Kabe Rodríguez

Yná Kabe Rodríguez, 29 anos,Recanto das Emas, Distrito Federal.  É bacharela em Artes Visuais pelo departamento de Artes Visuais (VIS) da Universidade de Brasília e mestra em Arte Contemporânea pelo programa de Pós-Graduação em Arte Visuais. (PPGAV) na linha de pesquisa MPAC (Métodos e Processos em Arte Contemporânea). Trabalha como artista-babá-curadora-pesquisadora, ocupando o cargo de secretária na SEC-EIB (Secretaria para o Desenvolvimento da Primeira Escola de Indisciplina do Brasil) e é mãe na Casa de Olfenza.

JAÚ RIBS

Submergi em Belém do Pará, fi de mãe ribeirinha do Guajará, um dos braços do rio Tocantins-PA. Fiz andanças e caminhos pelo lavrado de Roraima, pelo cerrado do centro do Pindorama e hoje me encontro nas águas Amazonenses. Atendo pelo nome de Xuli (@xuliribs), sou não-binarie, pansexual. Bacharel em Design pela Universidade de Brasília (UnB) e co-fundadore da ‘aua’, coletivo de design experimental que se propõe a valorizar narrativas e visualidades indígenas e negras brasileiras (@aua.coletivo). Sou colaboradore da comunicação da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Traço meus passos como performer, projetista e pesquisadore das questões que envolvem corpo, dança e design

PIETRA SOUSA

Pietra Sousa é cantora, escritora, compositora, instrumentista, intérprete, atriz e performer dentre outras práticas artísticas de fuleiragem. Moradora do Sol Nascente-DF, Pietra carrega na sua trajetória artística e na vida, imaginários e práticas de quem bebe das fontes indígenas e africanas. De narrativa e voz melancólica, ancestral e potente, discorre sobre suas vivências e possibilidades em ser transeunte pelas estradas do Cerrado, retratando diversos temas dentro das afetividades, violências, encantarias e o mundo dos sonhos.

Esta atividade integrou o corpo de ações do projeto Territórios Culturais – Etapa 2 – Termo de Fomento (MROSC) N.o 14/2021 Processo No 00150-00001134/2021-58

Realização/gestão do projeto: Associação Artística Mapati

Apoio: Instituto Macondo

Fomento: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal